quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Serão os homens todos iguais?!

Serão os homens todos iguais?!

"Aos 15 anos apaixonei-me cegamente. Cegamente, porque vivia por ele, fazia tudo por ele e até morria por ele se fosse necessário. E morri... Por dentro, quando tive a minha primeira desilusão passado 2 anos. Adoeci até. Crianças que éramos, mas ele já sabia como magoar, brincar e desiludir. , questionei o que dizia a minha mãe por vezes: "Serão os homens todos iguais?!"
Sobrevivi! E aos 18 apaixonei-me outra vez.. Apaixonei-me lentamente. Fui mais contida, retraída, no entanto não era feliz.. Já não era a menina ingénua de sempre! Não aguentava paixões obsessivas e homens que tratavam mal as mulheres por se sentirem loucamente apaixonados. Terminei tudo. E por muito que não fosse ele a acabar a relação que existia,  fez o que devia para que isso proporcionasse. Obcecado rastejou.. E foi em vão! 
Já tinha ouvido muitas amigas a dizer: "Eles só dão valor quando perdem!" E perdeu! E eu questionei-me: Serão os Homens todos iguais?! 
Depois disso transformei-me numa mulher decidida que não se envolvia com qualquer pessoa e nem precisava, porque sabia do meu valor. Até me apaixonar de novo.. Apaixonei-me loucamente! Era um príncipe.. Com defeitos que me davam pica e fome.. Fome de estar com ele, de viver com ele, de passar o resto da minha vida com ele! Consegui as duas primeiras, até acabar. Errei.. Deixei de valorizar. Deixei de ter tempo.. Doía-me a cabeça e estava cansada demais para estar com ele. Perdi! Aí valorizei. Realmente era verdade, só valorizamos quando perdemos! Disse-me passado uns tempos que estava com uma pessoa do nosso núcleo de amigos, na altura que me esfalfei toda para estar com ele de novo! FODA-SE. Será isto normal?! Serão os homens todos iguais e têm um jeito diferente de fazerem merda!?
Depois disso não foi fácil lidar com emoções.. O valor que julgava ter, foi deixando de existir e carente como estava voltei a cair no erro de me apaixonar. Apaixonei-me sexualmente. Pensei que ele me fazia bem, porque quando estava comigo dava-me tudo o que precisava: atenção, carinho e muita paz (para um bom entendedor meia palavra basta), apesar de saber que não passava de mais uma queca, uma queca única, mas uma queca.. Foi assim um ano e meio. E isso fez com que me sentisse uma mulher com mais experiência sexual e de vida, e também a mais desiludida! E comigo acompanhava-me a célebre questão: "Serão os homens todos iguais?!"
Cansei-me.. Pensei que conseguia estar com alguém sem sentir, sem me entregar de corpo e alma, de a pessoa ter que me atingir o cérebro e parte do coração.. Tentei.. E não consegui. 
Não me apaixonei, mas envolvi-me.. Senti as chamadas "borboletas no estômago" que a minha amiga Ana Nunes explica anteriormente, entreguei-me de corpo sempre com a cabeça a transmitir que não me podia entregar de alma... Até que me traí a mim mesma! Fiz tudo o que era politicamente correcto dentro da politica actual e o que aconteceu? Fodi-me. Sim, é a palavra certa. Farta de ouvir as mesmas coisas.. "És a mulher perfeita, a mulher ideal para mim, toda a gente te adora, eu gosto muito de ti, mas não penses em nada mais porque nunca vai passar disto." WTF? eu não peço nada! Só uma coisa.. Respeito e consideração e o que recebo?! Algo no meu cérebro que me faz questionar: "Serão os homens todos iguais?!"


Mas amigas...

NÃO!!! As pessoas são todas diferentes, com sentimentos distintos que estão em constante mudança. Nós mulheres, quando estamos magoadas e desiludidas com um namorado, ex namorado, amigo colorido, melhor amigo, primo e tudo o que termina em "o", temos a mania de dizer:  "OS HOMENS SÃO TODOS IGUAIS!" Se assim fosse eles também podiam dizer o mesmo... Mas há algo que temos de aprender: A valorizar-nos e a marcar a diferença para fugirmos à regra e fazer com que nunca tenhamos a oportunidade de ouvir:"ÉS MAIS UMA!" e comecemos NÓS a dizer: "ÉS ÚNICO!""


(Peço desculpa se feri susceptibilidades com a linguagem)



Ana Fernandes



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